O Desenvolvimento da Linguagem Oral depende de vários fatores como:
No entanto, essas condições sozinhas não são suficientes. É também fundamental que o ambiente seja estimulador, ou seja, que a criança ou pessoa seja inserida diariamente em contextos comunicativos. Isso porque a linguagem não é função exclusiva de qualquer das variáveis referidas, e sim o produto da interação adequada das mesmas.
A Linguagem começa a se desenvolver antes do nascimento do bebê, pois no ventre materno o bebê ouve a voz da mãe. Após o nascimento o bebê se comunica através do choro, sorriso, olhar e gestos. Em seguida vem o balbucio, ou a repetição incansável de sons, vocalização aparentemente ocasional. Com aproximadamente um ano de idade, as primeiras palavras começam a aparecer, o vocabulário cresce de forma rápida, principalmente na segunda metade do segundo ano de vida. A partir dos dois ocorre um intenso Desenvolvimento da Linguagem Oral, a criança é capaz de construir sentenças novas com preposições e plurais. Aparecem as interrogações e negativas. Por volta dos 4 anos a criança é capaz de reproduzir pequenas seqüências de fatos e histórias. Até os 5 anos de idade a criança deverá ser capaz de produzir todos os sons da língua portuguesa de maneira adequada.
Os adultos podem colaborar para o Desenvolvimento da Linguagem da criança não infantilizando a sua própria fala ao conversar com a criança, falando corretamente as palavras para a criança ter um modelo correto, permitindo e incentivando a brincadeira infantil.
A Comunicação realizada por meio da Linguagem promove a interação entre os indivíduos. A Linguagem é um processo mental consciente que utilizamos para expressar os nossos pensamentos durante nossos relacionamentos inter-pessoais na sociedade em que vivemos. Além de ser um meio de comunicação, a linguagem é um dos principais instrumentos de desenvolvimento dos processos cognitivos do ser humano.
Atraso de linguagem: O atraso de linguagem caracteriza-se pela ausência ou retardo no surgimento da linguagem oral, na idade em que isso normalmente ocorre. Dentre as características do atraso de linguagem, podemos destacar: Não inicia o diálogo; vocabulário deficiente para a idade; dificuldade para estruturar sentenças; dificuldade para organizar o pensamento; dificuldade de compreensão; dificuldade para relatar fatos ou acontecimentos vivenciados; quando se expressa utiliza somente frases curtas; comunicam-se através de gestos; quando desejam algo apontam para o objeto ao invés de pedir e podem apresentar também trocas de sons na fala. É importante não deixar de considerar o fato de que há uma considerável variação individual nos padrões do crescimento do vocabulário inicial de cada criança, nem todas as crianças apresentam as mesmas respostas, em termos de aquisição de linguagem.
Troca de sons na fala: quando a criança está adquirindo e aprendendo a utilizar os sons da fala é comum ocorrerem algumas trocas fonêmicas, por exemplo: falar “banco” ao invés de “branco”; “tapo” ao invés de “sapo” entre outros. Mas atenção, isto é normal apenas em crianças que ainda estão adquirindo os sons da fala, ou seja, há idades esperadas para a criança superar estas dificuldades com os sons da fala. É importante que a criança na fase de alfabetização esteja falando todos os sons da fala corretamente para não prejudicar a sua alfabetização e o seu convívio social com as outras crianças. As trocas nos sons da fala podem ocorrer devido alterações fonéticas e/ou fonológicas. Falhas na aquisição e no desenvolvimento fonético/fonológico, como problemas na produção dos sons da fala ou discriminação dos mesmos, podem refletir na leitura e/ou na escrita. A criança pode demorar a adquirir a autonomia dos processos de leitura e escrita ou podem culminar com problemas maiores.
Alteração fonética: É uma alteração miofuncional oral, ou seja, um comprometimento motor que possui uma causa orgânica, como por exemplo a presença de freio lingual curto, mais conhecido como “língua presa” ou a má oclusão dentária.
Alteração fonológica: Se caracteriza por trocas na fala inesperadas para sua idade e tipo de estímulo recebido durante o seu desenvolvimento. Então podem levar a criança, por exemplo, a trocar, omitir ou transpor fonemas ou grafemas. Dentre as trocas e dificuldades, podemos citar:
V por F: afião ao invés de avião;
S por CH: como chopa ao invés de sopa (ou o contrário, save ao invés de chave);
R por L: caleca ao invés de careca;
Z por S: sebra por zebra;
Taquifemia: as principais características são: a velocidade de fala rápida que compromete o entendimento da mensagem, hesitações e disfluências, e uma irregularidade, momentos de melhora e piora no discurso.
Taquilalia: é caracterizada pela velocidade de fala alta que compromete o entendimento da mesma, porém não encontramos momentos de disfluências.
Dislalia: é um distúrbio da fala, caracterizado pela dificuldade em articular as palavras. Ao emitir os sons o portador da dislalia pode omitir fonemas ou mesmo sílabas. O dislálico pode desenvolver uma linguagem normal ou com leves retardos. Essa dificuldade de articulação se dá devido a irregularidades de ordem orgânica ou funcionais. As perturbações orgânicas são oriundas da má formação ou alteração de inervações da língua, abóbada, palatina e os de mais órgãos fonadores. As perturbações de ordem funcionais podem ser oriundas de imitação ou alterações emocionais, ou fatores hereditários.
Afasia: A afasia é a perda da capacidade e das habilidades de linguagem falada e escrita. É uma deterioração da função da linguagem falada e escrita, após ter sido adquirida de maneira normal e sem déficit intelectual correlativo. É caracterizada pela dificuldade em nomear pessoas e objetos. ‘Na maioria das vezes a afasia é conseqüência de um acidente vascular cerebral cuja localização geralmente se dá junto à artéria cerebral média esquerda ou nos ramos junto à região do cérebro responsável pela linguagem. Porém, pode ser causado também por infecções e manifestações degenerativas locais comprometendo a área especificada. Dentre os tipos de afasia existentes, encontram-se:
Afasia de Broca: neste caso o paciente preserva a compreensão, mas tem dificuldade para falar, porque lhe faltam as palavras. É também conhecida como afasia não fluente, de expressão ou motora. Alguns escolhem jargões, uma palavra ou um nome qualquer para situações distintas e acreditam estar comunicando o que querem dizer.
Afasia de Wernecke: caracteriza-se por dificuldade na compreensão da linguagem. É também conhecida como afasia fluente, de recepção ou sensorial. Embora a pessoa acredite estar falando correto e mantendo a entonação adequada, sua fala não faz sentido para o ouvinte. Normalmente, o paciente apresenta dificuldade de compreensão e de expressão, mas consegue articular as palavras e irrita-se quando não é compreendido.
Afasia global: é quando ocorre a perda total da capacidade de fala, compreensão, leitura e escrita.
Imprecisão articulatória e fala ininteligível.
A Avaliação da Linguagem permite que seja feito um diagnóstico mais preciso e um correto planejamento terapêutico. O tempo de tratamento varia de um indivíduo para outro e também de outros fatores como: aceitação e motivação do paciente, ambiente familiar, causa do problema, etc.
O Tratamento da Linguagem se inicia após a entrevista inicial e a avaliação do paciente. No caso de criança, a entrevista será com os pais e/ou familiares e o contato com o professor e com outros profissionais que estejam atendendo fará parte da avaliação.
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A Clínica Apaz é um Consultório de Fonoaudiologia, que desde 2010 realiza a Avaliação e Reabilitação da Fala, Voz, Audição, Aprendizagem e Equilíbrio, melhorando a comunicação e qualidade de vida dos pacientes.
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